Dividindo seu tempo entre a vida profissional e os cuidados com o filho Leon, de apenas 4 anos, Carla Marins é um ótimo exemplo do dilema em que vive amulher contemporânea.
atriz falou sobre o papel da mulher na sociedade, no trabalho e em casa e o sofrimento que é, para cada uma, deixar as crianças em casa ainda pequenas. “Eu confesso que não sei internamente o que isso causa na mulher, já que com seis meses tem que deixar o filho para voltar da licença-maternidade. É um período que ainda está amamentando a criança. O cordão umbilical está cortado, mas ainda está ali. Eu acho muito difícil. Eu tive filho mais tarde, pude me dar o direito de ter um tempo pra mim e fazer as coisas com mais calma. E ainda assim é difícil. Eu acho que nós, mulheres, somos heroínas”, comentou ela.
Mãe muito presente, a atriz acredita que o apoio da família é fundamental na criação dos filhos e na rotina das mulheres. “Tem que ter mais apoio, com o próprio pai, que dê de alguma maneira para as mulheres ficarem mais tempo com os filhos. Filho não deve ser criado por outras pessoas que não seja da família, eu acho. Tem que ser mãe, pai, avó… Tenho trabalhado um pouco menos porque a vontade de estar presente é muito grande. É um desafio para a mulher e eu fico impressionada como a gente tem conseguido. Eu acho e volto a dizer: internamente isso deixa alguma seqüela”, disse.
Carla comentou ainda que é a favor de que as mães possam ficar mais tempo com os filhos em casa antes de retornar ao trabalho: “Eu espero que a legislação nos abrace mais e entenda que criar um filho é a coisa mais importante do mundo. Criar outro ser humano e colocá-lo em sociedade para conviver com outras pessoas, criar uma pessoa bacana para viver em sociedade tem que ter noção. É quase uma esquizofrenia deixar um amor, um afeto enorme em casa e ir para o trabalho”.